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Urgências
ANESTESIA EM URGÊNCIAS
Assuntos deste Tópico:
34.1 - Exame físico, avaliação pré-operatória e preparo do paciente para a cirurgia de urgência. Prevenção do vômito e regurgitação.
34.2 - Fisiopatologia do politraumatizado, grande queimado e paciente crítico.
34.3 - Agentes e técnicas anestésicas. Indicações, problemas decorrentes e conduta.
34.4 - Anestesia de urgência em presença de distúrbios metabólicos, doenças cardiovasculares e outras.
34.5 - Anestesia no dependente de drogas - álcool, fumo, cocaína, maconha, anfetaminas: interações com drogas anestésicas.
QUESTÕES TIPO S
34.S.01. Um paciente adulto de 70 kg deu entrada no serviço de emergência, vitima de atropelamento. Após ter sido avaliado pela equipe de plantão, foi encaminhado para a cirurgia com suspeita de rotura de baço. Ao exame, apresentava-se ansioso, mas não confuso, com freqüência respiratória de 25 mrpm, pressão arterial de 110 x 80 mmHg, pulso de 110 bpm, débito urinário de 20 ml.h-1. A perda sangüínea, em ml, estimada deste paciente é de: (1998)
A) < 750;
B) 750 a 1500;
C) 1500 a 2000;
D) 2000 a 2500;
E) > 2500.
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34.S.02. A um paciente vítima de atropelamento, com estômago cheio e história de ingestão de álcool, foi administrado hidróxido de alumínio antes de uma cirurgia de urgência. O efeito adverso possível no pós-operatório é: (1997)
A) hipofosfatemia;
B) aumento da absorção de digital/intoxicação digitálica;
C) aumento da biodisponibilidade da cimetidina;
D) formação de cálculos renais;
E) hipomagnesemia.
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34.S.03. Na anestesia do grande queimado: (1996)
A) a succinilcolina induz hipopotassemia;
B) há necessidade de doses maiores de bloqueadores neuromusculares adespolarizantes;
C) a succinilcolina só deve ser administrada 24 horas após a queimadura;
D) ocorre diminuição do tempo de efeito do diazepam após doses repetidas;
E) os opióides devem ter sua dose reduzida durante a fase crônica.
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34.S.04. Paciente com ingestão recente de alimentos e álcool é envolvido em acidente automobilístico. Apresenta diversas lesões, inclusive fratura de maxilar e mandíbula. Conduta mais adequada neste paciente: (1995)
A) colocação de sonda nasogástrica;
B) antiácidos por via oral;
C) indução venosa e intubação em seqüência rápida;
D) intubação nasal;
E) intubação acordado.
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34.S.05. Durante indução em seqüência rápida para cirurgia de urgência em paciente com estômago cheio é aplicada a manobra de Sellick. É correto afirmar que: (1995)
A) a pressão na cartilagem cricóide é medida pouco efetiva para minimizar o risco de broncoaspiração;
B) a pressão aplicada à cartilagem tireóide facilita a intubação traqueal;
C) é contra-indicado colocar uma das mãos atrás do pescoço do paciente;
D) a manobra deve ser interrompida imediatamente antes da intubação traqueal;
E) a pressão é aplicada sobre a cartilagem cricóide.
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34.S.06. Paciente alcóolatra grave, com fratura de fêmur decorrente de acidente de trânsito. Após 12 horas de internação, apresentou síndrome de abstinência aguda ao álcool. Compõe o quadro: (1994)
A) hipotensão;
B) hipotermia;
C) hipomagnesemia;
D) acidose respiratória;
E) hipercalemia.
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34.S.07. Paciente politraumatizado dá entrada no Pronto Socorro apresentando hipotensão grave, leve hipotermia, sem sudorese ou tremores, corado, com freqüência cardíaca normal. Suspeita-se de: (1994)
A) lesão de supra-renal;
B) trauma ráqui-medular alto;
C) obstrução de cava inferior;
D) trauma encefálico;
E) tamponamento cardíaco.
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34.S.08. Paciente de 46 anos, alcoólatra, com fratura de fêmur devido a acidente de trânsito. Por ocasião da visita pré-anestésica, após 48 horas de internação, apresentava quadro de desorientação com alucinação, hipertensão arterial moderada, taquicardia com poucas extrassístoles ventriculares e hiperpirexia; nos exames laboratoriais havia evidências de alcalose respiratória e hipocalemia. Diagnóstico provável: (1993)
A) desidratação;
B) diabetes descompensado;
C) embolia gordurosa;
D) síndrome de abstinência aguda ao álcool;
E) embolia pulmonar.
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34.S.09. Paciente de 19 anos, consciente, com quadro de gravidez tubária diagnosticada por ultrassonografia, para laparotomia de urgência. História de uso regular de cocaína; fez uso da droga há duas horas. Apresenta pressão arterial 100 x 50 mmHg, pulso 100 bpm, hematócrito 33%. Anestesia indicada: (1993)
A) indução com cetamina, manutenção com enflurano;
B) indução com barbitúrico, manutenção com halotano;
C) anestesia peridural com lidocaína sem vasoconstritor;
D) indução com diazepínico e manutenção com N2O e opióides;
E) anestesia peridural com lidocaína com epinefrina a 1/200.000.
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34.S.10. Considera-se como grande queimado o paciente adulto com área lesada a partir de: (1993)
A) 80%;
B) 50%;
C) 40%;
D) 20%;
E) 5%.
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34.S.11. Num paciente paraplégico, após traumatismo raquimedular, que será submetido à cirurgia urológica, é correto: (1993)
A) usar sempre anestesia superficial;
B) havendo insensibilidade no local da cirurgia, fazer sedação e autorizar a cirurgia;
C) se o nível da secção raquimedular for acima de T5, prevenir-se quanto à possibilidade de ocorrer hiperreflexia autonômica, usando anestesia geral ou anestesias espinhais;
D) a hiperreflexia autonômica só ocorre no período agudo da lesão;
E) é mais comum hiperreflexia autonômica nas lesões abaixo de T10.
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34.S.12. No trauma cirúrgico grave com 48 horas de evolução ocorre: (1992)
A) aumento de peso corporal por retenção de líquidos;
B) aumento de excreção urinária de uréia;
C) diminuição da glicemia;
D) diminuição do glucagon;
E) aumento dos níveis de insulina.
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34.S.13. Após trauma torácico fechado, paciente chegou dispnéico ao Pronto Socorro. O anestesiologista de plantão internou-o e iniciou ventilação controlada. Imediatamente notou alta pressão de insuflação, choque, enfisema subcutâneo e saída de material sero-sangüinolento pela sonda. Conduta: (1992)
A) dobutamina e diuréticos;
B) drenagem do pericárdio;
C) drenagem torácica;
D) diminuir a pressão de insuflação;
E) manter respiração espontânea.
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34.S.14. O termo "choque espinhal" refere-se a: (1992)
A) hipotensão severa após raquianestesia;
B) sinal observado quando a agulha da raqui toca uma raiz;
C) hipotensão arterial após lesão raquimedular;
D) hipotensão arterial após adrenalectomia;
E) espasmo muscular generalizado após descarga elétrica.
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34.S.15. Paciente com 18 anos de idade, após atropelamento, é hospitalizado consciente mas com sinais clínicos de choque. A laparotomia exploradora revela laceração de baço e fígado, que após 4 horas de cirurgia é reparada. Na sala de recuperação pós-anestésica observa-se hemiplegia direita. Suspeita diagnóstica: (1991)
A) hematoma extradural;
B) trombose intracerebral à esquerda;
C) lesão de base do crânio;
D) acidose no líquido céfalo-raquidiano;
E) isquemia cerebral hipovolêmica.
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34.S.16. Na anestesia do paciente em fase de recuperação após grave e extensa queimadura deve-se esperar: (1990)
A) aumento das doses necessárias de BNM adespolarizante;
B) diminuição dos níveis séricos de a-glicoproteína;
C) aumento dos níveis séricos de albumina;
D) hipopotassemia após o emprego de BNM despolarizante;
E) hipervolemia.
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34.S.17. Principal causa de morte nos pacientes com traumatismo cranioencefálico: (1990)
A) instabilidade cardiocircutatória;
B) lesão da coluna cervical;
C) insuficiência respiratória;
D) estômago cheio;
E) distúrbios endócrinos.
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34.S.18. Paciente jovem com ferida abdominal por arma de fogo, relata uso recente de grande quantidade de cocaína. Indicado laparotomia exploradora de urgência. Agente anestésico a ser evitado: (1989)
A) isoflurano;
B) enflurano;
C) halotano;
D) óxido nitroso;
E) morfina.
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34.S.19. No grande queimado, a reposição volêmica inicial deve ser: (1988)
A) cristalóides;
B) colóides;
C) sangue total;
D) glicose isotônica e diuréticos;
E) plasma.
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34.S.20. Droga contra-indicada em paciente politraumatizado com grandes lesões musculares: (1987)
A) tiopental;
B) pancurônio;
C) succinilcolina;
D) diazepam;
E) fentanil.
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34.S.21. Paciente de 19 anos, lúcido, com fratura exposta do fémur há seis horas. Feita punção peridural no espaço L3, L4 com agulha calibre 18 e tendo ocorrido perfuração acidental da dura-máter optou-se por anestesia subaracnóidea com tetracaína. Oito horas após, o paciente apresentou inconsciência, agitação, hipertermia, taquicardia, hipotensão arterial, taquipnéia, estertores e petéquias na conjuntiva ocular, mucosa oral, face e tronco. Diagnóstico provável: (1986)
A) engasgamento das amígdalas cerebelares;
B) estiramento do tronco cerebral;
C) meningoencefalite;
D) hematoma intracraniano;
E) embolia gordurosa.
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34.S.22. Paciente aparentando 20a. de idade, após acidente de moto, dá entrada no Hospital, inconsciente e com fratura exposta de rádio e cúbito à direita. Ao exame físico inicial, apresenta-se com pulso radial filiforme, 140 bpm, cianótico, com movimentos torácicos paradoxais e hiperressonância torácica. Diagnóstico provável: (1984)
A) embolia pulmonar;
B) hemopneumotórax;
C) lesão do tronco cerebral;
D) obstrução alta da via aérea;
E) aspiração do vômito.
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34.S.23. Paciente politraumatizado com várias fraturas e traumatismo abdominal, logo após ser intubado e ligado a respirador mecânico, apresenta dificuldade ventilatória, hipertensão arterial e turgência jugular. Qual a causa mais provável? (1983)
A) rutura de fígado;
B) fístula bronco-pleural;
C) edema agudo de pulmão;
D) abcesso pulmonar;
E) hérnia diafragmática.
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35.S.24. O cloridrato de lidocaína:(2000)
A) tem ligação proteica menor que a bupivacaína
B) injetado por via intravascular (1 mg/kg) causa taquicardia
C) tem potência anestésica semelhante à bupivacaína
D) quando utilizado por via venosa não interfere com o reflexo da tosse
E) está freqüentemente relacionado a reações alérgicas
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35.S.25. Uma paciente de 35 anos tem diagnóstico de lesão medular aguda, localizada entre C5 e C6. O acidente ocorreu 4 horas antes da chegada ao hospital. A conduta indicada para melhorar o prognóstico funcional é administrar:(2000)
A) difenilhidantoína (125 mg)
B) manitol (0,25 mg/kg)
C) dexametasona (10 mg)
D) tiopental (5mg/kg)
E) metil-prednisolona (30 mg/kg)
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QUESTÕES DO TIPO M
34.M.01. Feridas penetrantes no pescoço podem resultar em lesão direta da traquéia ou compressão por hematoma. O(s) seguinte(s) sinal(ais) nos indica(m) obstrução iminente: (1994)
1 - enfisema subcutâneo;
2 - massa expansiva de tecido frouxo;
3 - desvio da traquéia;
4 - voz rouca.
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34.M.02. Na escala de coma de Glasgow são analisados: (1993)
1 - resposta motora;
2 - resposta verbal;
3 - abertura dos olhos;
4 - pressão arterial.
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34.M.03. É esperado encontrar-se no paciente grande queimado após o 3º dia de evolução: (1991)
1 - diminuição do Na intracelular;
2 - aumento do K intracelular;
3 - arritmias com os bloqueadores neuromusculares adespolarizantes;
4 - lesão renal pela presença de hemoglobina e mioglobina.
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34.M.04. Paciente masculino, 50 anos, com fratura exposta de fêmur, apresenta no RX do tórax alargamento do mediastino e hemotórax extenso. O estudo angiográfico não demonstra nenhuma anormalidade, mas o paciente apresenta dificuldade respiratória e alterações na gasometria arterial. Antes da indução anestésica está(ão) indicado(s): (1991)
1 - ventilação com pressão positiva com O2 a 100%;
2 - intubação traqueal imediata acordado;
3 - fixação do gradil costal e traqueostomia;
4 - drenagem imediata do hemotórax.
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34.M.05. Nos casos de pacientes intoxicados pelo monóxido de carbono, podemos encontrar: (1991)
1 - alta afinidade do CO pela hemoglobina;
2 - pressão arterial de oxigênio normal;
3 - alta saturação da carboxihemoglobina;
4 - aumento da vida média da carboxihemoglobina.
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34.M.06. Paciente de 30 anos, consciente, com hemoperitônio, é submetido à laparotomia exploradora. PA: 100 x 70 mmHg, FR: 136 bpm, mucosas descoradas. Paciente relata ser dependente de cocaína há 6 anos e que fez uso da droga há cerca de 4 horas. É correto: (1990)
1 - usar halotano na manutenção da anestesia;
2 - usar succinilcolina 1 mg.kg-1 na indução;
3 - induzir a anestesia com cetamina;
4 - induzir a anestesia com neurolépticos e morfinomiméticos.
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34.M.07. Complicação(ões) possível(is) no paciente queimado após a 1ª semana: (1988)
1 - hipotensão arterial;
2 - hemorragias gastrointestinais;
3 - encefalopatias;
4 - coagulopatias.
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34.M.08. Paciente cirúrgico de urgência, embriagado. Possível(is) situação(ões) que interessam ao anestesiologista, decorrentes do estado alcoólico: (1988)
1 - depressão respiratória e cardiovascular;
2 - aumento de secreção ácida gástrica;
3 - hipotermia;
4 - aumento da secreção de hormônio antidiurético.
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34.M.09. Pode ocorrer na anestesia de paciente em uso crônico de cocaína: (1987)
1 - diminuição da CAM do halotano;
2 - hipotensão arterial;
3 - bloqueio simpático numa primeira fase;
4 - arritmias cardíacas.
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34.M.10. O uso da maconha pode provocar: (1987)
1 - aumento da CAM do halotano;
2 - indução enzimática;
3 - bradicardia;
4 - diminuição da colinesterase.
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34.M.11. No grande queimado: (1986)
1 - o sódio intracelular está elevado;
2 - o efeito do pancurônio está aumentado;
3 - o potássio sérico pode atingir 7 mEql-1;
4 - a succinilcolina está contra-indicada no primeiro dia;
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34.M.12. Critério(s) para extubação de pacientes com estômago cheio: (1986)
1 - resposta adequada a comandos verbais;
2 - capacidade vital de 6 ml.kg1;
3 - elevação com sustentação da cabeça por 5 seg;
4 - produção de esforço inspiratório de 5 cm H2O;
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34.M.13. Alteração(ões) hormonal(is) no trauma grave: (1984)
1 - elevação de catecolaminas;
2 - elevação do glucagon;
3 - hiperglicemia;
4 - liberação aumentada de insulina.
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34.M.14. O grande queimado, na primeira semana, apresenta: (1984)
1 - congestão vascular e edema pulmonar;
2 - aumento da secreção de hormônio antidiurético;
3 - hipoalbuminemia;
4 - capacidade residual funcional diminuída.
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